O blogue do Suplemento A é uma forma de colocarmos ao serviço da comunidade educativa as notícias, os artigos e restante informação publicada no suplemento das artes do jornal escolar Olho Vivo. Este formato permite uma maior interação com os membros da comunidade escolar. De um modo geral o conteúdo do blogue contará com as peças que constam do Suplemento A em papel, no entanto, este espaço virtual encontra-se aberto a outras formas de participação.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
INFORMAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO HISTÉRICO
Todos os anos peças novas são escritas de propósito para serem apresentadas pelos grupos envolvidos.
Em setembro o grupo deu início às sessões semanais com ateliês de expressão dramática que vão criar as ferramentas que pensa ser necessárias para embarcar neste projeto. Vai ter o apoio de várias entidades nomeadamente da Câmara Municipal do Fundão no apoio técnico e logístico.
Em novembro o encenador do Histérico (AntónioPereira), vai participar num workshop com o escritor/tradutor do texto original que escolheu para dramatizar e de um encenador profissional, em conjunto com encenadores de outras escolas e grupos de teatro juvenil, e só depois vai trabalhar o mesmo na escola até à sua estreia.
GEOMETRIA DESCRITIVA. O que é?
Bem. Meio na teoria, é a
organização do nosso espaço, composto por pontos retas e planos. Ficaste na
mesma não é?
Para além disto aprendemos a
representar num plano os afastamentos, as cotas e as abcissas, para representar
os pontos as retas e os planos e todas as formas. Segundo diz o professor. E
nós acreditamos. Perceberam? Nós também estamos agora a começar. Logo vos
explicamos mais.
Mais ainda. Espantem-se.
Acreditem ou não a geometria descritiva é mentirosa. Como a lua nas suas fases,
quando se diz que ela é mentirosa. Se quiseres saber porquê tens que te
inscrever para o ano. Aqui já não cabes. Mas olha que é divertido e curioso.
O que fazemos? Com o professor José
Luís já fomos à moagem tomar conhecimento sobre a técnica da tecelagem. Também
vimos os planos que estudamos no espaço interior do edifício. Afinal a
geometria está mesmo em todo o lado. Falámos de uma das obras, “o vento” que apesar
de não ser imediatamente visível conseguimos visualizar outros objetos como uma
nau que era levada pelo vento que representava os descobrimentos de que a
artista falava.
Como trabalho, começámos por
criar o nosso próprio espaço a nossa forma de desenhar, linhas letra objetos,
mas sobretudo o espaço envolvente. E já nos puseram a desenhar esboço em diário
gráfico sem levantar o lápis do papel. Temos de pedir mais lápis ao pai natal.
Como somos alunos de CT pensámos
que não estávamos aqui para aprender a ser artistas mas vimos que a geometria
também é uma arte
Os alunos de GD do 10º CT3
OFICINA DE GRAVURA E SERIGRAFIA - experimentação e exploração de técnicas de impressão
A
contemplação da obra de arte é uma atitude que surge com a origem das
civilizações. Participar nesse ato social e no processo da sua execução é o que
nos propomos reiniciar este ano na escola.
Aguardar
do outro lado da prensa o aparecimento de uma gravura, ver surgir cor a cor, a
serigrafia, são um verdadeiro privilégio. A magia e o encanto das várias fases
do processo criativo a surgir das mãos de cada criador no espaço da oficina.
É
nosso objetivo dar continuidade à gravura e serigrafia e preservar as técnicas
tradicionais, apoiando-nos nas novas tecnologias para procurar estimular as
novas gerações de criadores.
A serigrafia tem
por antepassados os procedimentos de multiplicação de motivo em pochoir no
extremo oriente, sobretudo no Japão, e recentemente, anos 30 na américa e 50 de
uma forma geral, os artistas validaram esta forma de comunicação. A Arte Pop
interessada nas imagens da cultura urbana encontra na serigrafia o meio
adequado.
A
serigrafia caracteriza-se por um depósito de tinta em ligeiro relevo sobre o
papel, adequando-se a composições de carater plano, sem detalhes demasiado
finos, através de uma rede muito fina e com auxílio de um rodo que faz passar a
tinta por áreas não bloqueadas da rede que correspondem à mancha de cor a
imprimir sobre o papel.
A gravura pode ser
impressa de duas formas distintas: em relevo (xilogravura, linóleo) ou em
profundidade (água forte, água tinta, ponta seca). A impressão em profundidade
inclui a incisão de um motivo sobre uma placa de metal que é tintada para
transferir a imagem ao papel. A tinta forma um ligeiro relevo sobre o papel,
encanto que se enriquece pela impressão da moldura biselada da placa.
Se
as primeiras impressões datam do séc. XV, o ato de gravar surge na pré-história
e os etruscos gravam metais desde 400 anos antes de Cristo. Referências de
gravura sobre metal são Mantegna, Durer, Rembrandt, Goya, Piranési, William
Blake ou Picasso.
Para
criar atividade em tempos livres e desenvolver trabalhos em abordagem nas
disciplinas artísticas, as Artes abrem a possibilidade de se fazerem
experiências diferentes e motivantes.
Permite
ainda a apreciação e acompanhamento do processo criativo desenvolvido no
trabalho gráfico de Rute Campanha, que realizará o seu trabalho e orientará a
iniciação às técnicas da gravura.
Iniciando
as atividades no 1º período desenvolver-se-ão nos 2º e 3º períodos usufruindo de:
· atividade semanal
em dias e horário a combinar para desenvolvimento de produção com programa a
definir de acordo com projetos de grupo ou individuais;
· exploração
técnica, em apoio a trabalhos desenvolvidos nas atividades disciplinares;
· criação coletiva
de objetos gráficos para acervo e exposição no final do percurso de exploração.
O
trabalho será programado para o seu desenvolvimento semanal e acompanhamento
dos professores Felisbela Fernandes e José Luís Oliveira.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
QUEM É TERESA CORTEZ
Teresa Cortez nasceu em
Lisboa em 1981. É artista plástica, licenciou-se em Pintura na FBAUL e tem
Pós-Graduação em Ilustração no ISEC. Actualmente está a realizar a dissertação
para o Mestrado de Arte Multimédia na FBAUL. Trabalha
como ilustradora desde 2003, para livros, capas, revistas, posters e discos
(incluindo capas de discos dos Ornatos Violeta e de Márcia). É também
monitora do workshop “As Técnicas do
Cinema de Animação” na Cinemateca Júnior em Lisboa.
Participou em várias
exposições coletivas e internacionais como “Bologna Children’s Book Fair” em
Bolonha, 2011; Bienal Internacional de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo,
em Nápoles, 2005; “Under Construction”, Degree Show of Finë Art and Design, em
Inglaterra, 2005.
O seu trabalho é a base
de colagens, costuras e alguns desenhos. Um dos seus melhores trabalhos até a
data é uma animação feita como videoclip da música “A pele que há em mim” (música
de Márcia, EP de lançamento Optimus Discos). Com este projeto em 2011, ganhou o
prémio "Melhor Curtíssima Portuguesa", no Festival de Animação de
Lisboa, Monstra, o mesmo vídeo foi também seleccionado para o "Prémio
Jovem Cineasta Português", Cinanima 2010.
CONFISSÕES DE UM DESENHO
Confissões de um
desenho é o título de um curioso artigo do jornal semanário “SOL” de 24 de
agosto, escrito pela jornalista Adelaide Saraiva. Curioso porquê? Pela simples
razão de nos falar sobre um “objecto” pouco do vosso agrado – o diário gráfico.
Segundo a jornalista tudo começou pela mão de alunos de
Belas Artes, que aperfeiçoavam a sua técnica de desenho na rua, munidos do
bloco de papel, de canetas, aguarelas ou lápis de toda a forma e feitio. O
blogue catalão de Gabriel Campanario, tornou a técnica de desenho na rua –
urbansketching – uma tendência global.
Portugal já tem alguns adeptos, como
se pode comprovar pelo 29º Encontro de UrbanSketchens que decorreu em Santa Apolónia e, que reuniu 30 sketchens cujo traço comum, não
era o resultado final da obra mas apenas
o gosto pelo desenho.
Por cá, esta prática teve o impulso do professor de belas
artes Lagoa Henriques (já falecido) e do arquitecto Eduardo Salavisa que tem
publicado sobre o tema o livro “Diário de viagem”.
Diário de viagem; diário gráfico, sebenta, o nome não é
seguramente importante, porque o que importa é desenhar e desenvolver o gosto
pelo desenho. Rabiscar sobre o real ou, porque não, sobre o vosso imaginário
pouco importa. Rabisquem sem parar.
Este ano e porque estamos no arranque de um novo ano
escolar desafiamos-te a tornar o ato de rabiscar uma prática constante. Torna a
prática do desenho a melhor escola possível, a melhor escola para a posteridade.
(Pedro Cabral, sketchens).segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Carta a Trécy
Carta a Trécy
Olá Trécy.
Somos três alunas do décimo primeiro ano do curso de artes, da escola
secundária do Fundão.
O professor
José Luís apresentou-nos algumas imagens e falou-nos do vídeo que é o teu
trabalho e achámos que é bastante interessante.
Sentimos que
é curioso e que tem uma mensagem forte. A frase do Henri Bergson, " Pour un être conscient, exister consiste à changer, changer à se
mûrir, se mûrir à se créer indéfiniment. " que motiva o teu trabalho "Le jour de ma naissance" deixa-nos
a pensar. Parabéns.
Gostaríamos
de saber o que sentiste ao fazê-lo! É que temos de fazer relatórios dos nossos
trabalhos.
Alguns de
nós acharam muito estranho e corajoso.
Na cidade
onde nós vivemos, pensamos que qualquer rapariga que cortasse o cabelo por
completo, seria apontada e daí vermos isso como um ato de coragem. Também a
utilização do corpo como matéria de criação artística e por isso ato de
comunicação social nos despertou curiosidade e interesse pela atitude.
Achámos
também, muito enigmático o teu sorriso no final. Há mistura de dor e prazer?
Rita Branco
Jéssica Andrade
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