Confissões de um
desenho é o título de um curioso artigo do jornal semanário “SOL” de 24 de
agosto, escrito pela jornalista Adelaide Saraiva. Curioso porquê? Pela simples
razão de nos falar sobre um “objecto” pouco do vosso agrado – o diário gráfico.
Segundo a jornalista tudo começou pela mão de alunos de
Belas Artes, que aperfeiçoavam a sua técnica de desenho na rua, munidos do
bloco de papel, de canetas, aguarelas ou lápis de toda a forma e feitio. O
blogue catalão de Gabriel Campanario, tornou a técnica de desenho na rua –
urbansketching – uma tendência global.
Portugal já tem alguns adeptos, como
se pode comprovar pelo 29º Encontro de UrbanSketchens que decorreu em Santa Apolónia e, que reuniu 30 sketchens cujo traço comum, não
era o resultado final da obra mas apenas
o gosto pelo desenho.
Por cá, esta prática teve o impulso do professor de belas
artes Lagoa Henriques (já falecido) e do arquitecto Eduardo Salavisa que tem
publicado sobre o tema o livro “Diário de viagem”.
Diário de viagem; diário gráfico, sebenta, o nome não é
seguramente importante, porque o que importa é desenhar e desenvolver o gosto
pelo desenho. Rabiscar sobre o real ou, porque não, sobre o vosso imaginário
pouco importa. Rabisquem sem parar.
Este ano e porque estamos no arranque de um novo ano
escolar desafiamos-te a tornar o ato de rabiscar uma prática constante. Torna a
prática do desenho a melhor escola possível, a melhor escola para a posteridade.
(Pedro Cabral, sketchens).
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