René François Ghislain Magritte nasceu em Lessines a 21 de novembro de
1898 e faleceu em Bruxelas a 15 de agosto de 1967 e foi um dos
principais artistas surrealistas belgas.
Foi pintor de imagens insólitas, às quais deu um tratamento rigorosamente
realista, utilizando processos ilusionistas sempre à procura do contraste entre
o tratamento realista dos objectos e a atmosfera irreal dos conjuntos.
As suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição
de objectos comuns e símbolos, tais como o torso feminino, o chapéu cocô, o castelo, a rocha e a janela, entre outros, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.
Esta obra representa uma situação eterna, cristalizada uma mensagem
exposta a todos. A sua expressão está na ausência e na ilusão da comunicação. A
conexão da modernidade liquida contrapondo a relação das velhas sociedades
ditas lentas, baseada numa responsabilidade mútua, pois apesar do quadro
mostrar um homem e uma mulher beijando-se, o beijo, como relação afirmada, é
interrompida ou até mesmo evitada pelos sacos na cabeça de cada um.
Esta obra representa um assunto actual
na nossa sociedade e, a partir dela, cada um de nós construirá a sua opinião.