quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

NOTA DE ABERTURA



O final de dois mil e doze foi para a área artística dramática pela perda de duas figuras ilustres. Estou a falar de Emmanuel Nunes e de Óscar Niemeyer.
Escrever sobre a obra de Emmanuel Nunes seria uma pretensão desmesurada da minha parte porque os meus conhecimentos musicais são muitíssimo reduzidos no entanto não posso, não devo, deixar de assinalar o facto porque Emmanuel Nunes foi o mais consagrado compositor contemporâneo português.
Começou os seus estudos na Academia de Amadores de Música de Lisboa mas, sem grandes perspectivas de progresso e, por ser opositor ao antigo regime ditatorial viveu grande parte da sua vida entre Paris e Lisboa. Recorrendo às mais variadas técnicas de composição, preferiu uma linguagem próxima da tonal e deixou uma obra bastante diversificada.
Foi galardoado com o 1º Prémio de Estética Musical do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris em 1972; o Prémio de Composição da Unesco em 1999 e, entre outros o Prémio Pessoa em 2000.
Agora, escrever sobre Óscar Niemeyer atrevo-me um pouco mais porque faz parte da área plástica e arquitectónica. Com uma obra vastíssima, não fossem os seus 105 anos, ele foi um escultor de monumentos onde a linha curva tem a primazia.
Segundo o próprio arquitecto:
“Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”
Muito existiria para dizer sobre este senhor e sobre toda a sua obra.
Aqui ficam apenas estas notas e um bem hajam pelo legado que nos deixaram.
Um bom ano de 2013 para toda a comunidade escolar.

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