O final de dois mil e doze foi
para a área artística dramática pela perda de duas figuras ilustres. Estou a
falar de Emmanuel Nunes e de Óscar Niemeyer.
Escrever sobre a obra de Emmanuel
Nunes seria uma pretensão desmesurada da minha parte porque os meus
conhecimentos musicais são muitíssimo reduzidos no entanto não posso, não devo,
deixar de assinalar o facto porque Emmanuel Nunes foi o mais consagrado
compositor contemporâneo português.
Começou os seus estudos na
Academia de Amadores de Música de Lisboa mas, sem grandes perspectivas de
progresso e, por ser opositor ao antigo regime ditatorial viveu grande parte da
sua vida entre Paris e Lisboa. Recorrendo às mais variadas técnicas de composição,
preferiu uma linguagem próxima da tonal e deixou uma obra bastante
diversificada.
Foi galardoado com o 1º Prémio de
Estética Musical do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris em 1972;
o Prémio de Composição da Unesco em 1999 e, entre outros o Prémio Pessoa em
2000.
Agora, escrever sobre Óscar
Niemeyer atrevo-me um pouco mais porque faz parte da área plástica e
arquitectónica. Com uma obra vastíssima, não fossem os seus 105 anos, ele foi um escultor de monumentos onde a linha
curva tem a primazia.
Segundo o próprio arquitecto:
“Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura,
inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a
curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios,
nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o
universo, o universo curvo de Einstein.”
Muito existiria para dizer sobre este senhor e sobre toda a sua obra.
Aqui ficam apenas estas notas e um bem hajam pelo legado que nos
deixaram.
Um bom
ano de 2013 para toda a comunidade escolar.
Sem comentários:
Enviar um comentário