segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A escola e a comunidade



Não é propriamente dos míscaros que vos venho falar porque sobre o assunto não sei absolutamente nada. Venho falar-vos, reconhecendo a minha falha completa pela ausência, no que foi a participação, pelo segundo ano, dos nossos alunos de Artes Visuais no evento anual da aldeia do Alcaide.
A nossa participação envolveu a criação de projectos realizados pelos alunos do décimo segundo ano, turma CAV no decurso das aulas da disciplina de Oficina de Artes e foi acompanhado pelos professores Lúcia Belino e José Luís Oliveira e, como não poderia deixar de ser, pela Liga de Amigos do Alcaide e pela Junta de Freguesia, parceiras do projecto desde o seu início.
As instalações, formato artístico dominante, foram o prato forte dos trabalhos apresentados que envolveram processos de realização plástica que resultaram na construção de cenários e ambientes povoados de objectos do quotidiano como cadeiras suspensas ao longo da rua e estruturas simples em cana e tecidos que povoaram de cores o olival, entre outros.
A expressão ligada às instalações costuma ser complexa e revelar-se crítica em relação ao fenómeno artístico em si mas também a aspectos sociais. Penso que a intenção não será esta mas, não deixará de lhe estar próxima quando intervêm no espaço do olival, em homenagem à iguaria que dá nome ao evento.
O abandono das terras, as ruas vazias, as janelas fechadas e as cadeiras vazias são um sinal do nosso tempo, um tempo que necessita de reflexão e de intervenção.
Aguardemos pelo próximo ano e pelas novas intervenções.
Mariana Azevedo

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