segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AURORA



A peça “Aurora” é uma proposta de fusão do teatro com o cinema pois neste espetáculo confunde-se muito a encenação de uma filmagem com a projeção em filme da encenação.
É uma peça onde se funde ou dialoga técnicas, necessidades e constrangimentos inerentes ao teatro e ao cinema. É uma peça que demora muito tempo a fazer e onde tudo é complicado, pois é uma peça onde a captação das imagens é feita em movimento por intermédio de uma câmara e é quando se dá a sensação/permanência de que tudo se faz “aqui-e-agora”.
Faz-se tudo de uma forma (ir)repetível, onde a essência do teatro está presente na interação do público, com o desdobramento dos atores em várias personagens, com a comunicação plástica e visual e com a narração como elo de ligação entre o cinema e o teatro.
Com a participação do público nas cenas e nas filmagens a peça torna-se um teatro e ao mesmo tempo um cinema pois vemos as gravações (luzes, câmara, claquete e ação).
A peça faz com que nos sintamos no meio de um teatro e de um cinema, pois esta peça entende-se como algo real e virtual ao mesmo tempo. É uma mistura que mostra que um teatro é por vezes um filme (cinema) e que um filme (cinema) pode ser sempre um teatro, pois usam-se em ambas: atores, encenadores, figurantes, papéis, falas, música, narradores, roupa, etc…
Na minha opinião a peça está bem conseguida pois fizeram com que nos sentíssemos em dois lugares diferentes mas estando apenas num.
Daniela Morais APS10

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