A
peça “Aurora” é uma proposta de fusão do teatro com o cinema pois neste
espetáculo confunde-se muito a encenação de uma filmagem com a projeção em
filme da encenação.
É
uma peça onde se funde ou dialoga técnicas, necessidades e constrangimentos
inerentes ao teatro e ao cinema. É uma peça que demora muito tempo a fazer e
onde tudo é complicado, pois é uma peça onde a captação das imagens é feita em
movimento por intermédio de uma câmara e é quando se dá a sensação/permanência
de que tudo se faz “aqui-e-agora”.
Faz-se
tudo de uma forma (ir)repetível, onde a essência do teatro está presente na
interação do público, com o desdobramento dos atores em várias personagens, com
a comunicação plástica e visual e com a narração como elo de ligação entre o
cinema e o teatro.
Com
a participação do público nas cenas e nas filmagens a peça torna-se um teatro e
ao mesmo tempo um cinema pois vemos as gravações (luzes, câmara, claquete e
ação).
A
peça faz com que nos sintamos no meio de um teatro e de um cinema, pois esta
peça entende-se como algo real e virtual ao mesmo tempo. É uma mistura que
mostra que um teatro é por vezes um filme (cinema) e que um filme (cinema) pode
ser sempre um teatro, pois usam-se em ambas: atores, encenadores, figurantes,
papéis, falas, música, narradores, roupa, etc…
Na
minha opinião a peça está bem conseguida pois fizeram com que nos sentíssemos
em dois lugares diferentes mas estando apenas num.
Daniela
Morais APS10
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